19 agosto 2020

 


O ensino no tempo do meu avô

A imagem acima mostra o diploma de habilitação da 4ª classe do ensino primário do meu avô, que concluiu as provas de exame da 4ª classe do ensino primário a 28 de junho de 1974. O meu avô foi uma das muitas pessoas que só frequentou a escola até ao quarto ano, pois teve de desistir da escola para ir trabalhar de forma a poder ajudar financeiramente a sua família, como acontecia com muitas crianças naquela altura. Pois, a situação económica da maioria da população era muito débil, e não existia, como hoje em dia, legislação para a escolaridade obrigatória.

O ensino primário na década de 70 era muito rígido e severo para alguns alunos, pois sofriam por parte dos professores na época punições, como reguadas, palmadas e outros castigos. As matérias lecionadas eram mais aprofundadas, e no caso da disciplina de História era dada de acordo com o regime político vigente. Também existiam escolas para rapazes e escolas para raparigas, estando os dois géneros separados. E ainda, existiam diferenças nas disciplinas para rapazes e raparigas, as raparigas tinham a disciplina de “lavoures” onde aprendiam a costurar, a bordar, a fazer ponto cruz, entre outros e os rapazes tinham de pertencer à Mocidade Portuguesa.

            Depois de um longo período de ditadura, quando o meu avó recebeu o seu diploma, Portugal vivia os primeiros meses em liberdade e com a promessa da instauração de um regime democrático, depois do derrube do Estado Novo pelos militares na Revolução de 25 de Abril de 1974. O país estava entregue a uma Junta de Salvação Nacional, sendo o Presidente da República o General António Spínola e o Primeiro-ministro Adelino da Palma Carlos.

 

Carlota, 9.ºA


Sem comentários:

Enviar um comentário