20 maio 2010

Quando vida queria dizer aventura...

Enquanto conversava com os meus avós, vim a descobrir que o meu trisavô, José Alves Cabral Sacadura, foi um dos heróis de Chaimite que ajudou a derrotar o Gungunhana.
Interessei-me tanto pela sua (minha também) história, que procurei mais fotografias e informação.
Vim assim a apurar que nasceu em Celorico da Beira em 1862. Como era o 2º filho (era a época do Morgadio, em que só o filho mais velho herdava as propriedades da família) foi destinado ao exército.
Formou-se na escola de Artilharia de Vendas Novas.
Foi um dos fundadores da cidade da Beira em Moçambique.
Fez parte da missão contra o Gungunhana, como 1º Tenente, sob o comando do Major Caldas Xavier, e mais tarde de Mouzinho de Albuquerque.




Após a vitória, foi armado Cavaleiro da Ordem da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito, por feitos na campanha de Moçambique em 1895, tendo recebido do Rei D. Carlos a faixa que ele mesmo usava (a minha trisavó contava que o Rei tirou a sua faixa do pescoço para pôr no do Trisavô!).
Recebeu também as medalhas Militares da Rainha D. Amélia e outras por bons serviços à Coroa.
A carabina por ele usada na campanha de África está exposta no Museu do Exército





Após a implantação da República (como é de calcular, era monárquico), passou à reserva (reformou-se), mas durante a 1ª Guerra Mundial, foi chamado para comandar o Quartel de Brancanes em Setúbal.
Espero não ter maçado o leitor, mas é que os pormenores me despertaram tanto a vontade de saber mais…

Francisco Cunha Rêgo ,9ºE

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